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Ensinamentos sobre o Karma

Atualizado: 3 de nov. de 2022

Dia de Finados e separamos duas sugestões de leitura sobre o KARMA dos livros "Missionários" , um livro que trás um olhar sobre Kardec e a Umbanda e "O que se aprende em Estrela D'Alva" um livro de compilações conceituais primordiais para entender o espiritualismo do prisma da Filosofia Wanduísta. As duas referidas obras foram escritas por Reverendíssima Maly Hilda sob a orientação dos Mestres.


O Diretório de Imprensa e Comunicação traz a vocês o CAPÍTULO XII do livro "Missionários" e o CAPÍTULO KARMA do livro "O que se aprende em Estrela D'Alva", esperamos que apreciem, revisem, estudem e reflitam.


CAPÍTULO XII - do livro "Missionários".

Aplicação da Aula 12 do “Livro dos Médiuns de Umbanda” – “FORÇAS CONTRÁRIAS DOS ASTROS PARA A TERRA”

“O caráter de um fato miraculoso é ser insólito e excepcional, é ser uma derrogação das leis da natureza”.
“Desde que um fenômeno se reproduza em identidade de condições, é porque obedece a uma lei, e, portanto, não é miraculoso. Essa lei pode ser ignorada, mas nem pode por isso deixar de existir, competindo ao tempo fazê-la conhecida”.

(Obras Póstumas de Kardec – pág. 15)



Mais uma vez o Oriente se desdobra em funções diversas, estabelece por esta Aula – “FORÇAS CONTRÁRIAS DOS ASTROS PARA A TERRA” – ponto de apoio para sua ação, na qualidade de regente máximo.


O Karma, que é um dos desdobramentos da Aula 12, é uma dependência da ação do Oriente. Nada se faz ou se registra no Espaço com respeito à Terra, quer na sua sequência materializada sem que o Oriente tenha ciência.


Karma é a lei que rege os destinos dos povos como do indivíduo. É a lei que Kardec disse que “o tempo se encarrega de fazê-la conhecida”. Todos nós de uma forma ou de outra temos invariavelmente que lhe prestar obediência.


Os missionários não tem karma, mas os seus atos, toda a sua obra é registrada com a mesma minúcia, para a devida apreciação. Não tem karma porque esta lei significa recolhimento de atos para resgate e evolução. O Missionário não tem nenhuma falta a resgatar, o próprio nome traduz. Vem a serviço.


Karma é a Lei vigilante que tudo descobre. Karma é Sol que penetra seus raios por onde quer que passe.


O MILAGRE é um dos atributos desta Lei, pois assim como o MAL é expiado, o BEM que procedermos será guardado e constitui o nosso armazenamento de forças (reservas espirituais que provocam o MILAGRE). Essas reservas constituem o equilíbrio do indivíduo, porque todo o mal praticado, depois de passar no karma, vem de volta. Se formos impelidos a praticar o mal, chamemos o bem que nos assiste, porque ele virá dominando as nossas imperfeições, facultando-nos a espiritualidade tão necessária.


Dentre as faltas que mais concorrem para a imperfeição do karma, são: (Vide “O Que se Aprende em Estrela D’Alva”).



As 17 Faltas do Karma

Faltas

Cobranças

Matar as ilusões espirituais de outros

Roubar o sossego e tranquilidade de outros

Oriente

Seduzir – Sedução sem sentimentos

Matar

N. Senhora e Mar

Roubar

Faltar com respeito às Religiões

Não trabalhar

S. Jerônimo e Xangô

Ser relaxado

Ser descrente

10ª Ser autoritário

Povo do Mato

11ª Ser malcriado

12ª Ser desordeiro

13ª Ser descontente

Povo Africano

14ª Ser viciado

15ª 2ª falta

16ª 3ª falta (As três linhas reunidas)

Linhas cruzadas

17ª 4ª falta


O MILAGRE, apesar de ser uma consequência naturalíssima, não deixa de ser, sem dúvida, um prêmio. É certo que só recebemos aquilo que merecemos, porque pode ser invocado o Espírito de maior Luz, se ele não encontra por onde possa provocar o MILAGRE, este não se verificará.


Uma nota singular e que requer especial cuidado, é que o fato miraculoso, tanto pode ser por intermédio das forças do BEM como do MAL, ambas são poderosíssimas neste particular. Parece uma aberração afirmar-se igualdade de poder.


Concordamos com Kardec quando diz (mesmo livro – página 16) que “é blasfêmia e sacrilégio dizer que o espírito do mal pode suspender a ação das leis de Deus”, mas não coincidem os nossos pontos de observações quando (da mesma página) se refere que “a Igreja já não tem razão de perturbar-se por se ir estreitando o círculo dos fatos miraculosos. Deus afirma muito mais a sua grandeza e poder, com o admirável conjunto das suas leis, do que com a infração delas; tanto mais atribuindo ela ao demônio o poder de fazer prodígios, o que implica ser o demônio tão poderoso quanto Deus, uma vez que tenha a faculdade de interromper o curso das leis Divinas”.


Achamos que a Igreja tenha razões para ficar alerta. A nossa opinião é que pelo simples fato do Demônio ter poder, que tenha “a FACULDADE de interromper o curso das leis Divinas”, pois se é a própria Lei que assim estabelece: Dentro das possibilidades de cada formação, todos tem o seu livre arbítrio.


“Deus não criou o mal, é o homem que o produz pelo abuso dos dons divinos, em virtude do seu livre arbítrio”.

Como condição primária dos nossos argumentos, temos que levar em conta que tomamos como DEMÔNIO ou ESPÍRITO DO MAL, quando não seja uma ficção propriamente dita, diríamos que é o oposto do Bem, ou melhor ainda, preferíamos que fosse chamado FORÇA EM ENCAMINHAMENTO.


O Demônio (ou Mal) não o encontramos além dos domínios da terra, por que é a influência negativa do homem, é uma emanação viva, vibração. Ora, como ninguém nega o valor de uma vibração positiva, menos direito tem com relação a uma negativa. As vibrações positivas integram o Bem – o “Uno Supremo”, o mesmo se dá com as negativas em relação ao Mal – o Demônio. Ainda mais, o bem que produzimos, pelas gerações lunares será recolhido e se constituirá nossas forças positivas e investido das mesmas nos apresentaremos ao Eterno, ao passo que o mal praticado voltado à terra para a devida purificação e tornar-se um dia positivo. Será assombroso que o demônio de hoje seja o Deus de amanhã.


Por esta conclusão temos que qualquer vibração que dermos ela influirá em nossa vida, mas também na de outros, porque ela não é coisa que se perde no éter, tem vida, sobe, ou desce para se purificar. O homem terá que aprender a pensar positivamente, se não é por bem, fará obrigado pela dor que o ensina.


Pelo gráfico abaixo (nº 7) compreenderemos a relação íntima que existe entre os homens, de acordo com a expressão de Jesus que nos lembra que “todos somos irmãos”.



Vemos uma circunferência simbolizando a Terra, duas retas que se cruzam, uma em horizontal e outra em vertical. Nos extremos das linhas vemos em oposição: Homem Animal e Vegetal Mineral. Estudando separadamente vemos homem, na sua glorificação, estando em posição superior como OBJETIVO (finalidade da espécie) e em oposição ANIMAL (representando o Reino da Natureza e o animalesco) que implica em dizer que a constituição humana, traz-lhe esta situação de inferioridade, tanto que nas atribuições sujeitas a esse Reino, vem o BOX, sinônimo de brutalidade.


A outra linha vem o Reino Vegetal abrangendo a Religião e Trabalho, por uma razão de que é com o ponto de apoio da Mata, Força que irradia calma, que o homem se equilibra no trabalho e na religião; a Mata fornece meditação tão necessária ao religioso e ao trabalhador, a persistência, porque é o pão de todos os dias.


Em relação com o Reino Mineral vem a ciência, a arte, que na sai correspondência astral está sob os influxos de Mercúrio.


O homem, onde quer que esteja localizado, tem que fazer jus à sua glorificação, o seu ponto de referência é para cima, tem que se colocar no nível do valor que lhe é conferido. Faltando com o cumprimento do dever, o braço em que está situado se desloca e ele perde o equilíbrio. Nem sempre quando caímos o terreno é arenoso, de modo que se não nos precaveremos, reparar onde pisamos, a nossa queda pode ser fatal.


Quando um cientista (que está sob o apoio do Mineral) deixa de cumprir o seu dever, quando incorre nas faltas do karma em correspondência com a sua profissão, ele fatalmente, hoje ou amanhã baqueia, porque perde a ajuda das Religiões que lhe servem de ponto de apoio para que possa desenvolver sua ciência; ficando sem esse amparo, ele não resiste o negativo que lhe assedia. Não se trata de questão de vingança, que tenha o fito de prejudicar a pessoa, pelas maldades que comete se envolve de tanto negativo que não consente que as suas forças positivas possam lhe ajudar, fecha-se em quarto escuro, não permite que entre a claridade.


Consequências desastrosas também tem o religioso que fracassa, terá contra ele o HOMEM e a CIÊNCIA (Mineral). Do Homem receberá o descrédito e do Mineral (Ciência) as doenças.


Por esta exposição somos para realmente crer, que verdadeiramente temos que nos considerar IRMÃOS, as vibrações que emitimos se entrelaçam de tal modo que nos fazem estreitamente ligados, sempre dependendo um do outro.


E fazendo relação ao MILAGRE, temos que tecer uma consideração importantíssima é que, conforme vimos, o negativo e o positivo se chocam com tamanha intensidade, que é difícil se negar direito ao Mal, uma vez que é aqui que ele habita, o seu poder é imenso, nós vimos pelos exemplos acima citados que o mal não permitiu que a irradiação do bem chegasse até a pessoa, no nosso caso – o cientista.


Uma particularidade importante é que as vibrações que emitimos, elas se fixam e são inteligentes e dotadas de mobilidade conforme o nosso pensamento. Dada a essa faculdade, fechamos a nossa tese não vendo no MILAGRE o impossível, qualquer que seja a fonte atribuída. O Bem desloca o Mal e o Mal por si mesmo pode se deslocar.



Karma em "O que se aprende em Estrela D'Alva".


Karma


É a regência da justiça, tendo por base as leis divinas com o respectivo registro, no grande livro do Espaço, de tudo aquilo que a humanidade consciente ou inconscientemente pratica em todas as encarnações possíveis.


Nós os exortamos a ter um modo de conduta reto, aliado a uma plenitude de sentimentos reais, para que com facilidade possam libertar-se daquilo que poderá motivar, no julgamento imenso desta lei, as suas consequentes reencarnações. Lá não existem punições, porém registros certos de pensamentos e atos, quer voluntários, quer involuntários, que determinam com segurança absoluta, maior responsabilidade do que a determinação de qualquer legislador da Terra. Em sentido lato, podem vocês dizer que no Karma estão os movimentos como se fora uma máquina elétrica na comparação clara para os seus cérebros.


Propriamente dito, não há pureza nem impureza do Karma, porque sua sensibilidade, toda própria ao poder que o rege, é imensa; consequentemente imensas serão as deduções que poderão tirar através dos seus ensinamentos.


Lembrem-se que certo varão ilustre, em épocas remotas, à frente de um número incalculável de outros irmãos de vocês. ordenou-lhes momentâneo descanso, que era nada mais nada menos, que o despertar para meditar; descalçando as sandálias, subiu o monte Horeb, para lá, no cimo, em transe de espiritualização, receber os dez mandamentos de toda lei que rege todos os continentes, que se conjugam no hemisfério terrestre com o nome de mundo de vocês.


Aqueles ensinamentos, recebidos pelo maior de todos os legisladores, tiveram posteriormente, em uma outra parte, muitos séculos depois, o adicionamento de sete outras verdades grandiosas, comprovando aquilo que hoje vocês recebem na simplicidade do ensinamento que tem o nome de Karma e suas leis.


Sendo o Karma exemplificado por vocês para melhor compreensão como sequência de purificação para o espírito, a fim de que lhes seja mais fácil ver em matéria, no desdobramento do pensamento, Jesus e um pequeno pedacinho de sua Glória, por isto nós exigimos purificação, leveza de sentimentos e sobretudo característica de firmeza de ação. Com aqueles três pontos bem compreendidos e aplicados, vocês podem passar no juízo do Eterno, incólume das chamadas leis do Karma.


Animem-se de esperanças sadias para a sua ascensão.


Não temam a rigidez da lei nem a extensão dos julgamentos pelos quais hão de passar. Essa lei que rege o Karma não é propriamente Cósmica, porém antes obedece à regência de astros e do Foco Luminoso. Pela própria consciência serão obrigados a obedecê-la sem restrições, não obstante aquilo que vocês chamam de livre arbítrio, que é uma sequência da criação da própria lei do Karma.


O Karma não poderá punir um Filho de Estrela D'Alva, sem que para isso recorra ao Guia Chefe Wandú, pois este é o afiançador responsável no Espaço pelas faltas dos filhos por ele escolhidos para encaminhar. Dentre muitas outras, que ficam à margem desta injunção, consideram-se mais graves as seguintes; distribuídas pelas forças incumbidas de cobrança.


REVISÃO DO KARMA

A revisão das faltas do Karma obedece ao curso dos meses de cada plano incumbido de cobrá-las. Observando-se ainda que, durante o ano, é circunscrito o tempo a que se dispõe a aludida cobrança:

Plano 1 - janeiro

Plano 2 - fevereiro e março

Planos 3 e 4 - abril e maio

Plano 5 - junho e julho

Plano 6 - de agosto a dezembro

Plano 7 - durante o ano todo


O Livro Missionários está fora de linha e esperamos reeditá-lo em breve na forma digital e impresso. Já o livro "O que se aprende em Estrela D'alva" pode ser adquirido impresso em nossos templos ou através do e-mail da Diretoria Administrativa: diretoriaieed@gmail.com.



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